sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Relação da dislipidemia com algumas doenças

    A alteração dos níveis de gordura e lipídios no organismo é denominada dislipidemia. Ela está diretamente relacionada com a deflagração da aterosclerose coronariana (lesões em artérias de grande e médio calibre, obstruindo o fluxo sanguíneo), sendo assim a redução nos níveis de HDL, aumento do LDL e aumento nos níveis de triglicerídeos podem induzir à doença coronariana.

    Os indivíduos com um maior fator de risco de obterem a doença coronariana são aqueles que possuem dislipidemia secundária, que é decorrente de outras doenças ou do uso de certos medicamentos. Essas pessoas estão incluídas nos seguintes grupos:
  • Idade e sexo: homem com mais de 45 anos / mulher com mais de 55 anos
  • História familiar precoce de aterosclerose (parentes de primeiro grau com menos de 55 anos para homens e menos de 65 anos para mulheres)
  • Hipertensão arterial
  • Tabagismo
  • Diabetes Mellitus
  • Sedentarismo
  • Sobrepeso e obesidade
    É necessário que essas doenças que se relacionam com a dislipidemia sejam diagnosticadas e tratadas para um maior índice de eficácia na cura desses pacientes porque a dislipidemia não é corrigida sem o tratamento da doença que a originou, aumentando o risco de doença cardiovascular. A seguir falaremos um pouco da relação da dislipidemia com as doenças que podem gerá-la.

Obesidade
Pessoas obesas, principalmente a obesidade abdominal, apresentam HDL baixo e triglicerídeos altos. O HDL (colesterol de alta densidade) é benéfico ao organismo quando em um índice elevado pois está relacionado à menor incidência de doenças das artérias coronárias.

Diabetes
Uma pessoa que possua diabetes mellitus não tem apenas o seu metabolismo de carboidratos afetado, mas também o de lipídios e proteínas. Sendo insulino dependente essa pessoa não consegue captar glicose para a célula, aumentando a concentração de glicose no plasma sanguíneo. E além disso, não consegue retirar o excesso de gordura da circulação, aumentando a concentração de colesterol e triglicerídeos que favorece a formação de placas de gordura nas artérias e, consequentemente dificultando a passagem de sangue por elas. Sendo assim o paciente deve permanecer atento as suas taxas de lipídios para evitar problemas cardiovasculares precoces.

Glândula tireóide
O hipotireoidismo (falta de hormônio da tireóide) eleva os níveis de colesterol porque os hormônios que ela produz são extremamente importantes para a remoção do excesso de lipídios. Quando detectada essas alterações na tireóidea e nos níveis dos lipídios, os pacientes podem evitar danos maiores ao seu corpo.

Álcoolismo
Baixas quantidades de álcool elevam o HDL, algo benéfico ao organismo por ser um colesterol de alta densidade que atua impedindo o depósito de gordura nas artérias. Porém o alto consumo de álcool aumenta a quantidade de lipídios na circulação e diminue o nível de HDL, alterando o metabolismo dos lipídios.

Doenças de fígado ou renais
Portadores de doenças renais graves possuim uma alteração metabólica nos lipídios e na síndrome nefrática ocorre um aumento da perda de proteínas pela urina, e o organismo produz mais proteínas com o objetivo de compensar essa perda, como por exemplo o LDL (''mal colesterol''). Já no fígado, sempre que o fígado não produz algumas enzimas importantes no metabolismo das lipoproteínas (como por exemplo o colesterol), as suas taxas sofrem variação, prejudicando o indivíduo.

    Então para a prevenção das dislipidemias são medidas importantes: mudanças nos hábitos alimentares; prática de atividade física; perda de peso no caso de pessoas obesas, remédios redutores de lipídios receitados por um médico especializado na área.

Rosana Lima

FONTES:

http://www.institutoprocardiaco.com.br/dislipidemia.htm

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