sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Fibratos


    Os fibratos são fármacos utilizados no tratamento da hipertrigliceridemia (aumento dos triglicerídeos no sangue, representado pela elevação do VLDL, dos quilomícrons ou de ambos) e podem reduzir o risco de doença aterosclerótica coronariana em pacientes com hipercolestoremia (que já foi mencionada em outra postagem), possuindo uma importância significativa no controle das dislipidemias. Alguns exemplos são o gemfibrozil e o fenofibrato.

    O medicamento age a partir da estimulação dos receptores nucleares ativados de proliferação dos peroxissomas-alfa, os conhecidos PPAR-alfa. Esse estímulo aumenta a produção e a ação da lipase lipoproteica (LPL), que é responsável pela hidrólise intravascular dos triglicerídeos, e reduz a apoproteína CIII (Apo CIII). Esses mecanismos estimulam a lipólise dos triglicerídeos das VLDL (lipoproteínas de muito baixa densidade) e dos quilomícrons. Também diminuem a síntese das VLDL devido o estímulo da beta oxidação dos ácidos graxos no fígado, reduzindo a produção de triglicerídeos. Outro efeito dos fibratos é o aumento da excreção biliar do colesterol hepático e a redução do fluxo de ácidos graxos para o fígado.

Mecanismos de ação dos fibratos, auxiliando na diminuição  do número de triglicerídeos.

    Sendo assim podemos concluir que eles reduzem os níveis de triglicerídeos, porém alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como: distúrbios gastrintestinais, litíase biliar, astenia, diminuição da libido, cefaleia  prurido, mialgia, erupção cutânea. Então devemos tomar precauções na ingestão desse medicamento, principalmente com pessoas portadoras de doença biliar, pacientes com função renal diminuída, e o uso com estatinas. Não se deve ingerir fibratos e estatinas porque associados esses fármacos aumentam o risco de miopatia e rabdomiólise. Por isso não se esqueça de sempre consultar um médico antes de começar o seu uso, evitando problemas maiores no futuro.

Rosana Lima

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